– Mãe, o Shifu do Panda faz assim como tu (o polegar tocando o indicador, fechados num círculozinho perfeito, pequenino, redondo. Os olhos fechados, com força, como quem finge que está a dormir.)
Muito sério.
Olho pelo retrovisor. Não desfaz o jnana mudra.
– Ai é?
(e na minha cabeça rolam os personagens todos da saga do Kung Fu, até me deter no Mestre Zen.)
– Sim mãe, ele faz como tu. Tu és a Mãe-Ninja.
Tudo isto se passa enquanto sobrevoamos Lisboa do viaduto. Flutuamos. Vem assim, do nada, como os sonhos onde S. diz entrar, “e depois o sonho sai da cabeça”.
(a imagem é da escultura de Fernanda Fragateiro no Parque de Escultura Contemporânea de Vila Nova da Barquinha. Mas isso é matéria, matéria para outro post)
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