Carapace é o nome da colecção que o holandês Maarten Baas expõe estes dias na Carpenters Workshop Gallery de Nova Iorque. A intenção, explica o designer, era mostrar o contraste entre “um exterior muito duro e um interior suave, de algo frágil, que precisa de desenvolver-se, como uma ostra, da maneira mais extrema”.As peças, orgânicas, curvas, estão cheias de segredos (Baas chama-lhes “tesouros”), compartimentos, aberturas, e a dureza da pele (de bronze ou alumínio, composto em patchwork) contrasta com a fragilidade interior.
Carapace é uma homenagem ao mundo animal (escaravelhos, tartarugas, e outros animais de coração mole e crosta resistente), que não esquece a influência dos frigoríficos imponentes e fofinhos dos anos 50. Tinha mais graça o Baas de “Smoke” e “Clay”, recém-saído da academia de Eindhoven e muito mais arejado. Mas estes bichos também não estão mal. As peças da Carpenters- especialistas em “esculturas funcionais” – são Kafka numa gaveta.
(A exposição Carapace, de Maarten Baas, está na Carpenters Workshop Gallery, em Nova Iorque, até 30 de abril)
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