
À volta De uma fumegante taça de Ramen Não é possível Ter o caldo entornado A menos Que fosses tu E fosse eu E aí havia sempre Algas Enrolando-se nas campainhas Das gargantas Ovos cozidos de mais Legumes indecifráveis Lembranças rodando Pauzinhos quebrados Malabarismos e trapezistas Demasiado quentes Demasiado doces E então era o fim E começávamos tudo outra vez
(tentativa de fazer um haiku, que como se vê descamba e me traz, entre outras coisas, a memória do Porto, da Rua do Breiner, e do melhor Ramen da Invicta, caldo servido num termo lindo-lindão vermelho e comprido, com uma rosa estampada, da Out to Lunch. Não é estar armada em influéncer, deus nos acuda, é que é mesmo muito bom, e as saudades são muitas. Da roupa e do ramen e de tudo. O princípio disto tudo: a ilustração da gentilíssima aventureira Apolline Beaufort, sempre na mouche. Merci Apolline!)