Agora que passou a bafa e sobrevivemos podemos respirar fundo – inhale, exhale – e retomar a vidinha. Cada um faz o que pode e eu regresso ao blogue abandonado, para afirmar que #printsnotdead e o blogging também não.
Só tem dias.
Agora que passou a bafa e sobrevivemos podemos respirar fundo – inhale, exhale – e retomar a vidinha. Cada um faz o que pode e eu regresso ao blogue abandonado, para afirmar que #printsnotdead e o blogging também não.
Só tem dias.
Não sei o que levaria para uma ilha para além dos meus amores, mas dos Açores volta-se sempre de alma lavada. Tanto azul, tanto verde, e a minha favorita: a pedra vulcânica, negra, granulosa, que tão intensamente e a seu gosto recorta o mar.
Cada fim é sempre um princípio e por isso voltamos na esperança que desta vez seja de vez.
Nunca é.
Ainda só vamos no sexto dia de dois mil e dezassete e já entrei em incumprimento. Uma das revoluções de ano novo – meditar todas as manhãs pela fresca – caiu por terra. Valores mais altos se levantaram. O jantar de ontem (bom), o trabalho de hoje (atrasado), a cria mais nova na escola (imperiosa).
Podes sair dos Açores, mas os Açores nunca saem de ti.
Talvez por ser um conjunto de ilhas, e as ilhas serem por natureza propensas à circularidade.
Dás voltas e voltas. Sais da ilha, e a ilha continua.
Podia invocar mil razões para voltar aos Açores rapidamente, mas fico-me por uma, que no imediato me parece suficiente. Chama-se Walk&Talk e é o festival de artes que trouxe a periferia para o centro, e vice-versa.
Os Açores são a coisa mais linda.
Tão linda, mas tão linda, que me pergunto como fui capaz de viver até agora, em relativo sossego, passando-lhes ao largo.
(Ou quase, já tinha estado na Terceira.)
Os Açores são assim: azul, verde, azul, verde, azul.